O IV Encontro de História “América Latina: personagens, resistências,
identidades”, realizado entre os dias 06 e 08/05, além de discutir com
qualidade as temáticas propostas, revelou integração entre os cursos do Campus.
Realizado pelo Colegiado de História, sob a coordenação geral do professor
Márcio Santana, com o apoio dos colegiados de Letras e Turismo, o evento contou
com a participação de quase 200 pessoas dos diferentes cursos do DCHT e de
entidades parceiras como o CETEPS.
Em entrevista, o professor Márcio
Santana comentou a importância de se discutir a temática da América Latina na
Contemporaneidade: Segundo o professor, “Essa
temática foi dialogada coletivamente. A proposta surgiu dentro do colegiado de
História, era algo do debate da contemporaneidade. A América Latina surge com o
papel de protagonista no contexto histórico da globalização. Ela tem algo de
especial, pois passou por um processo histórico de maturação política como representação
das coletividades”.
Enfatizando os subtemas discutidos, o
professor Charles Sá afirma que “A ideia
era contemplar o que temos de pesquisa em História, dentro das concepções da
historiografia, seja ela mais clássica seja ela mais moderna, os elementos os
sujeitos, e os objetos que tem sido pesquisado por nos historiadores. A
temática personagem para envolver as pessoas, resistência para mostrar os
movimentos sociais, a luta, o cotidiano, do continente americano, a identidade
para demonstrar aquilo que nos diferencia, aproxima, e nossas semelhanças dos
demais continentes”.
Já para a Para a professora Sandra
Mendes, o que motivou a discussão dessas temáticas foram os novos rumos da
educação com a reforma do Ensino Médio brasileiro, que consequentemente
impactará na inserção no Ensino Superior, com a entrada dos alunos na
universidade através do Enem.
Com relação à importância de se
discutir a temática em uma Universidade do interior, o professor Márcio Santana
afirma que foi ousadia do Dezoito: “Foi
um projeto audacioso reunir os palestrantes de renome. Felizmente tivemos uma
resposta positiva junto ao conjunto de professores da casa, que perceberam algo
de significativo, como proposta importantíssima. Hoje o nosso Dezoito está
sendo dialogado em outros lugares como na PUC, na USP, então alguém nas outras
universidades vai falar que existe um lugar no interior da Bahia que se discute
América Latina. Já tivemos convite para participar da Ampocs, para participar
de grupo de discursão a nível de Brasil, trazer um grupo de discussão pra o Dezoito,
possibilidades de publicações”.
Para o professor Charles Sá, quanto às
perspectivas futuras referentes a eventos integrando os quatro cursos do
Dezoito, é preciso atualizar o grupo interdisciplinar do M.E.L (grupo Memória,
Espaço e Linguagem), focando nos personagem de destaque da História, do
Turismo, de Letras e da Administração. Já para o professor Márcio Santana, existe
uma proposta de se pensar em fazer um evento também nesse mesmo nível
discutindo a questão da africanidade. O professor ressaltou ainda o momento de
abertura do Dezoito para esses eventos coletivos, destacando o apoio do
Departamento: “Hoje o Campus tem uma
sintonia muito grande, os cursos conseguem interagir, os espaços de
representação de diálogos estão cada vez mais reais, embora tenhamos um
conjunto de problemas, de divergências políticas internas. Eu percebo uma
maturidade no nosso Campus. Sem apoio da organização interna, não teríamos
conseguido realizar o evento. A verba da FAPESB não saiu, tivemos que nos virar
com o que tínhamos, e mesmo assim tivemos um público extremamente educado: 186
pessoas frequentando o evento, com respeito, atenção, com perguntas
pertinentes. Só temos que agradecer a todos que colaboram na perspectiva de
construir o evento. Que se consolide a ideia de uma universidade coletiva, de
uma relação positiva entre os cursos, de uma parceria significativa entre
outras instituições. Esse foi o principal fruto desse evento”.
Na certeza de que eventos de extensão como
esses engrandecem nosso Departamento e nos ajudam a construir uma Universidade
de qualidade foi que o NUPE, através da sua coordenadora, Juliana Alves,
avaliou positivamente o evento. Para a professora Juliana, “Foi um dos poucos
eventos do Dezoito que realmente aconteceu de forma coletiva, todos evolvidos,
sentindo igualmente responsáveis”.
Sobre o apoio do NUPE ao evento, a
professora comentou o fato de que embora a FAPESB tenha aprovado o projeto, os
recursos não puderam ser utilizados, de forma que a própria UNEB, na figura da
Pró- Reitoria de Extensão adquiriu as passagens. E apesar de o evento da já ter
sido encerrado, o trabalho do NUPE ainda não acabou, conforme comenta a
professora Juliana: “Agora estamos na execução dos certificados, no
encaminhamento, contando com ajuda dos monitores para contabilizar a carga
horária para poder liberar os certificados”.
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